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Com o verão se aproximando, já começa a dar aquela vontade de curtir uma praia deliciosa e, claro, aproveitar tudo o que ela tem a oferecer. Além de se divertir no mar e na faixa de areia, moradores e turistas se preocupam também com a questão da alimentação. Afinal, comer na praia é seguro? Como eu posso fazer para economizar?

O G1 conversou com especialistas da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, que explicaram todos os cuidados necessários na hora de se jogar na praia. O ideal é sempre planejar o passeio com antecedência e, se possível, levar lanches prontos de casa. Isso porque, além de serem muito mais baratos, são mais nutritivos e seguros, para curtir sem riscos.

Segundo a nutricionista Mariana Imbelloni, é preciso tomar muito cuidado com o que se compra na praia, para ter certeza que os alimentos são mantidos bem refrigerados e não consumir, de jeito nenhum, comida de procedência duvidosa. Ela reforça que todos devem ficar atentos, principalmente, aos sacolés, raspadinhas e sucos, pois é difícil saber se a água usada é potável.

  • DICA: Se for consumir produtos de ambulantes, prefira sempre aqueles que têm licença da Prefeitura e que, por isso, passam por fiscalização (pelo menos na teoria).
  • EVITE: Alimentos vendidos em isopor e mal armazenados, para evitar o risco de intoxicação alimentar, e também na reutilização do óleo em diversas preparações de frituras.
  • PREFIRA: Frutas (maçã, uva, cereja, melancia, melão, manga, morango, tangerina e tomate cereja), cenourinha baby, filetinhos de pepino, ovinhos de codorna, castanha de caju, nozes, castanha do pará e amêndoas.

“O único cuidado é prestar atenção na hora de armazenar esses produtos. Com o calor, os alimentos podem estragar e, por isso, o ideal é levá-los em lancheiras térmicas. Para a hidratação, água com gás e limão, chá de hibisco geladinho com um pouco de canela e água com raminho de alecrim são opções diuréticas que vão manter seu metabolismo acelerado”, explica Mariana.

Para evitar dor de cabeça e não estragar seu dia, o ideal mesmo é levar o lanche pronto de casa. A nutricionista afirma que essa medida garante segurança, por saber a procedência do que estará comendo; economia, pois quase sempre o que se vende na praia é mais caro; e compromisso com a saúde, já que a maioria das opções oferecidas na praia são calóricas e sem valores nutricionais.

“Ao levar a sua comida, você garante uma alimentação que te dará energia e disposição sem pesar na balança ou no seu bolso. Uma ideia é levar a porção separada em saquinhos ‘ziplock’. Além de controlar a porção, ajuda a proteger os alimentos da areia. Mas atenção, alguns lanches precisam ser armazenados em coolers ou isopores”, diz.

Por fim, a hidratação é fundamental principalmente nos dias mais quentes. Mariana explica que a quantidade de água que precisamos ingerir por dia é variável e depende de vários fatores. Entre eles estão a idade e o peso da pessoa, a atividade física que realiza e o clima e a temperatura do ambiente onde vive. No verão, quando o calor aperta, é preciso ficar atento e caprichar na ingestão de água.

“A água pode ser ingerida in natura ou por meio dos alimentos que consumimos. A maior parte das frutas, por exemplo, contêm entre 80% e 90% de água. Verduras e legumes cozidos ou na forma de saladas costumam ter mais do que 90% do seu peso em água. Quando a alimentação é baseada nesses alimentos, eles podem fornecer cerca de metade da água que precisamos ingerir”.

Confira dicas para escolher os alimentos que vai comprar na praia:

  • Espetinho de camarão: A casca deve sair inteira, sem grudar. Não deve haver pontos pretos no ponto de inserção das patinhas com o corpo do camarão e a cauda deve aguentar uma leve pressão.
  • Queijo coalho: Melhor não consumir porque é produzido com leite cru e isso aumenta os riscos de contaminação.
  • Milho cozido: Não oferece riscos desde que totalmente imerso em água e soltando vapor. Também é melhor comer diretamente da espiga, evitando que o ambulante debulhe o milho e o sirva em pratinhos plásticos.
  • Sanduíches naturais: Desde que feitos no mesmo dia, sem maionese caseira (que estraga mais fácil) e mantidos em caixas térmicas higienizadas, com gelo ou outro doador de frio, podem ser consumidos. Mas a temperatura das caixas térmicas deve ser suficiente para manter o produto em torno de 5 graus.

 

Economia

Além da preocupação com a saúde, que é o mais importante, os banhistas também devem ficar bem atentos ao bolso. Isso porque, durante a temporada de verão, os quiosques, barracas e ambulantes da praia costumam aumentar os preços dos seus produtos em até 50%. É o que garante o especialista em finanças Marcelo Rocha, em entrevista ao G1.

De acordo com ele, muitos microempreendedores individuais aproveitam a grande movimentação de turistas na Baixada Santista e sobem os preços para recuperar o famoso prejuízo das épocas mais frias do ano. Ele explica que esse aumento é direcionado pelo mercado da região, pois os comerciantes analisam os valores da concorrência.

“É possível encontrar o mesmo produto com vários preços diferentes na praia, mas é preciso pesquisar bastante. Então, você deve optar pela tranquilidade de ficar parado em uma barraca e comprar nela, independente dos valores, ou ficar procurando em outros lugares ao invés de curtir”, explica o especialista em finanças.

Para fugir desse problema, a dica é se planejar com antecedência e levar os lanches prontos de casa. Dessa forma, é possível comprar com preços muito mais acessíveis nos mercados ou atacados e levar para a praia. “É possível economizar entre 30 e 60% do valor que seria gasto.Tem que analisar bem e economizar para conseguir gastar com outras coisas ou até mesmo poupar”.

Fonte: G1.com.br